A linguagem neutra está destruindo a âncora gramatical.
18/07/2021 12:28 em POLÍTICA

A linguagem neutra está destruindo a âncora gramatical que permite uma língua se manter estável no tempo, para poder cumprir seu papel de meio de transmissão cultural. Todos os ideólogos adeptos dessa insanidade estão destruindo os elos culturais entre passado, presente e futuro.

 

A coisa toda é um completo engodo sem sentido, pois, a despeito das palavras possuírem gênero, elas não atribuem esse gênero ao significado, como querem afirmar os aloprados defensores dessa ideologia. O significante é de um gênero ou outro por uma necessidade linguística.

 

Quando dizemos que a mesa é uma palavra feminina não estamos atribuindo ao objeto mesa a natureza feminina, da mesma forma que não atribuímos ao objeto carro a natureza masculina. O significante é um ser ontológico completamente distinto do ser que ele representa.

 

Quando nos referimos a uma plateia de homens e mulheres com o pronome indefinido “todos”, apesar do significante ser do gênero masculino, ele não atribui esse gênero aos indivíduos ali representados.

 

Quando usamos o substantivo feminino “pessoas”, na mesma linha, não o fazemos para atribuir o gênero feminino ao grupo de seres humanos do sexo masculino e feminino. Logo, pelo amor de Deus, parem com essa insanidade de palavras com gênero neutro.

 

A cultura nacional está sob grave risco de extinção se essa palhaçada ideológica continuar prosperando. É urgente criar normas que proíbam seu uso na administração pública, que tem por obrigação proteger nossos bens culturais. Nossa língua não pode ser tão seriamente atacada.

 

Tem que ficar claro que na sintaxe o gênero é masculino e feminino, sem se relacionar com o sexo masculino e o sexo feminino, necessariamente. E, por fim, temos que entender que nas categorias taxonômicas o gênero é humano.

 

 

André Porciuncula.

Secretário Nacional de Incentivo e Fomento à Cultura .

 

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